Magia para aumentar seus bens imóveis
Vc vai precisar de:
- incenso de sândalo
- 1 colher de chá de hortelã
- 1 colher de chá de hidraste (erva encontrada nas lojas de alimentos naturais)
- 1 colher de chá de noz-moscada
- 1 tigela
- 1 espeto de madeira ou lápis
Esta magia é muito eficaz quando se quer vender ou comprar uma propriedade. Ela deve ser lançada, preferencialmente, em uma noite de quinta-feira.
Reúna todos os itens necessários e procure um lugar de sua casa onde não possa ser incomodada. Acenda o incenso e deixe-o queimar até terminar. Espere que esfrie completamente e recolha as cinzas, pondo-as na tigela. Usando o espeto de madeira, misture completamente as cinzas com os demais ingredientes.
Se pretender vender a casa ou o apto., jogue um pouco em cada canto. Se quiser adquirir uma propriedade, coloque um pouco da mistura no seu sapato direito quando for procurar o que quer.[Como transformar seu ex-namorado em sapo & outras magias - Deborah Gray & Athena Starwoman, Ed. Fundamento]Não sei ainda o q penso desse lance. Por exemplo, sonhava em conhecer Salem, mas, ignorante, nunca tinha me dado conta (?) do q realmente aconteceu por lá. Ora, as perseguições religiosas castigavam qq um q se rebelasse contra a religião dominante - na Europa, a católica; nos EUA, puritanos e afins. Há toda uma mística em cima das (alegadas) verdadeiras bruxas (sempre mulheres? pq?), dos druidas (embora eu sempre pense em Asterix e Obelix quando vejo essa palavra). É claro q em toda cultura há uma, digamos, facção, de pessoas q adotam determinados rituais, e seu conjunto pode ser caracterizado como uma religião, uma filosofia, uma crença, ou uma identidade. Equivocados são aqueles q se pretendem superiores e tentam eliminar essas crenças. E é fato que muitos morreram por causa disso. O q fazer desses rituais? Tachá-los de superstições pq são diferentes? Pq os "superiores" o julgam ridículos, coisas de ignorante?
Ñ sei. É verdade q eu me sentiria ridícula recitando: "Sou a cria do amor / o Oráculo me ama / e me envia tudo / que o coração reclama." Mas a palavra tem força em si - é só recitar Pessoa, Camões ou Drummond para se sentir a magia. Pq não o ritual?
Há muito muito tempo atrás eu criticava minha mãe por ser gordinha. Ela respondia q na minha idade tinha sido magrinha.
Descrença não, mas arrogância, ah isso sim, por achar q era uma coisa simples e racional: fechar a boca.
Hoje defronto-me com o problema. E me desespero. Ñ estou conseguindo achar dentro de mim a disciplina q me fez ter um rigoroso controle nas gravidezes, e manter o manequim 38 até bem recentemente. E me pergunto PQ. Whyyyyyyyyyyyy? Uai, respondo-me q a vida é frustrante demais sem o chocolate... pq abrir mão dele?
Agora penso em radicalizar. Como não ter fome? E como não canalizar todas as fomes para uma só (q, naturalmente, é a mais "fácil" - para mim - de saciar)?
Passei por aqui para transcrever algo em q pensei durante o dia, mas estou encafifada: o André Trigueiro fez alguma coisa no olho? Q nem o Tony Shalhoub, aquele fofo, q faz o Monk. Os zóios deles, tão fofos, estão mais abertos. Whyyyyyyyyyyyyy? So, so cute, they were. Sad, sad.
Quando viajei, já tinha na lista as chamadas eco-bags. Na verdade, é um conceito simples: em vez de pegar sacola plástica em todo lugar, levar a própria bolsa. Claro q tem tudo a ver com mulher - posso estar generalizando, mas dificilmente a gente anda sem uma segunda bolsa. Ou sacola(s). Tem sempre uma coisa extra pra carregar. Aí, para os 'ecólatras', ou 'ecoholics' (fui eu q inventei as palavras - estou aproveitando enquanto ñ passa o projeto idiota do Aldo Rebelo de proibir 'estrangeirismos'), juntou-se a fome com a vontade de comer. Só tem de adaptar, claro. Pois a gente ñ vai colocar as bananas q compra no supermercado junto com os preciosos livros q nos acompanham em qq viagem, ainda q seja de 5 minutos. Sabe-se lá se tem uma fila no meio do caminho... Well. Na minha cabeça, 2 certezas: uma bolsa da Barnes e outra da Strand, minhas livrarias de estimação; mais a ecobag cujo endereço eu tinha de catar, depois de um contato por e-mail. Nunca andei tanto naquela cidade divina. E nunca passei por tanto lugar diferente. Ñ tinha uma fila no meio do caminho, mas tinha uma thrifty-shop. Um brechó. Genial. Fica pra próxima, se eu me lembrar de comentar. Achei, comprei, amei. Depois fui pra casa do meu primo, e logo a fantástica esposa dele percebeu q eu sou maníaca - ñ me contento com 1 coisa de cada. Tenho de ter cópias, back-ups. Já quase indo embora ela me ofereceu essa linda sacola de arroz - q, aliás, me remete à remota infância suburbana. Sacos de mantimentos. Ñ me lembro mais como chama o material. Perfeita. Agora vai pra baixo e pra cima, carregando tudo. E ainda tem fecho-eclair!!! Que arroz chique.
Não consigo emagrecer pq tenho muita coisa na cabeça, que pesa, e precisa de suporte do corpo. Se eu me livrar dos pensamentos em excesso, o corpo vai se adequar. Só ñ pode ficar muito leve, senão vou precisar do lastro, e aí já era.
Estava com viagem marcada para Brasília. Nunca tive problema com viagens em si. Enjôo era uma constante. Ruim, mas um mal conhecido. O avião foi uma boa surpresa - já era adulta quando o descobri. Moleza! A estabilidade me permitindo ler, e não ficar entediada. A promessa de aventura, da simples novidade (do ritual de arrumar as malas, ir para o aeroporto, conhecer um lugar diferente) já eram uma alegria em si. Nem me preocupava com o q ficava para trás. Os filhos bem cuidados (por meus pais, confiança total... hehehe... bem verdade q eles produziram cabeças desconjuntadas como a minha, mas, por uma estranha lógica, embora eu tivesse noção disso, tinha essa tranqüilidade - provavelmente por saber que eles dariam tudo de si para cuidar das crianças, assim como o fizeram comigo e com meu irmão, mesmo com as disfuncionalidades perceptíveis a olho nu), compromissos equacionados...
Um belo dia me descobri ansiosa. Conversei com meu terapeuta a respeito disso, e ele declarou que era medo de morrer sozinha, longe de tudo e todos q eu conhecia. Até hoje penso nisso, e ñ estou convicta de sua absoluta verdade. Talvez parcial. Sei lá.
Engraçado é q antes, quando eu ñ me preocupava (?), ñ conseguia dormir. Viajava a noite inteira para NYC, e nada. Agora, q me preocupo, durmo. Ñ direto, o tempo todo, mas o suficiente para ñ ficar um caco.
Ñ importa o destino, a duração da viagem. A ansiedade é a mesma. Antes, durante e depois.
Botei no Google 'medo de viajar'. Apareceu 'fobia'. O site http://www.psicologia.org.br/internacional/pscl23.htm diz que medos irracionais são chamados de fobias e fazem parte dos transtornos da ansiedade, afetando 400 milhões de pessoas pelo mundo afora, segundo a Organização Mundial de Saúde. A ansiedade é dada como 'normal' (é? então pq vendem tanto remédio contra ela?), mas quando se torna exagerada, vira um transtorno, que é quando o medo toma conta.
Medo? Angústia?
Quanto mais avanço no Google, esse instrumento que Thomas L. Friedman, no seu livro O Mundo é Plano, diz que possibilita sabermos tudo e achata o mundo, mais vejo que o assunto é simplesmente infinito. Digito ansiedade angústia, e aparecem 879.000 hits. Pulo para a Wikipedia, que diz que angústia é ressentimento, dor e ferida na alma. Já a ansiedade é biológica, e antecede momentos de medo, perigo ou tensão, provocando sintomas desagradáveis no corpo. Eu já acho a ansiedade em si desagradável, pq nem sempre tem sintomas declarados, nítidos.
Ir pode ser bom. Ficar também. Voltar idem. Depois fica aquela confusão: tem o alívio de se voltar ao ninho, e a saudade do que se viveu, de onde se ficou. Por ex., tenho sentido grande saudade de Boston, de NYC. Em Boston, o que marcou foi a vivência, o convívio com meu primo e sua esposa. As descobertas ganharam nova cor com a revisitação da minha história pessoal, e com o convívio humano com pessoas com quem descobri tantas afinidades. New York... bem, NY é NY. Para quem ama, ñ há nada a dizer.
O que será, afinal, o medo de viajar?
"She was becoming herself and daily casting aside that fictitious self which we assume like a garment with which to appear before the world." --
Kate Chopin
Li numa revista de decoração que a 'moda' do Feng Shui passou, embora tenha deixado algumas boas lembranças. Será? Talvez sim, talvez tenha deixado rastros - um deles, citado pela revista e o único que me vem à memória é a necessidade de organização (sem obsessão), e de jogar fora aquilo q ñ serve mais. Diremos os místicos que é para abrir espaço para o novo. Diremos os práticos que é para achar mais facilmente as coisas, em vez de nos descabelarmos. Diremos os bagunceiros 'OBA! MAIS ESPAÇO PARA GUARDAR TRALHAS!'. Tenho feito isto permanentemente - às vezes furiosamente. Outras vezes mantenho uma cota (como num livro sobre organização que comprei - o primeiro capítulo diz para vc começar arrumando 5 coisas... nunca saí dele... mas me mantenho nesse patamar) - a mínima. Agora, talvez por causa do ano novo, estou na fase furiosa. Tenho achado coisas q só D'us ñ duvida. Mofo pra todo lado. Horror. E parei no meio de um desses ataques para me perguntar: até onde vai a rearrumação, a reciclagem, a organização? Onde estão as raízes dessas atitudes e quais são as conseqüências? Depois penso nisso. Se o blog fosse lido, diria para enviarem as respostas. Como não é, continuo sozinha com as minhas elucubrações.
Acho q sou viciada. Em livros. O q será q isso quer dizer? Ñ vou aprofundar. Pois já tinha visto a queima dos fogos, etc e tal, e resolvi checar a internet, quiçá esperar o ano novo na Big Apple (pela tv, claro). Aí resolvi checar quais livros minha sobrinha tinha conseguido achar, da grande lista q lhe passei. Dois. No problem. Vamos checar na Saraiva e na Cultura (iiihhhh... esqueci a Estante Virtual...), com a possibilidade de achar os livros na língua original e por um preço razoável. Achei alguns. Comprei. Minha primeira compra no novo ano. O q um analista freudiano diria sobre isso? Ñ estou interessada em saber. Só em ler. Depois de fazer a compra na Cultura, descobri q a livraria está com uma campanha bonita: incentivar a aquisição de livros para doação a escolas em SP. Engraçado, estou com uma sensação de déjà vu. Ou déjà ecrit. Back. Gostaria q fosse em escolas mais distantes, e, portanto, mais carentes. Afinal, SP é o estado mais rico do país. Mas a causa é nobre, então... da lista oferecida, ñ gostei de muita coisa, mas tinha Monteiro Lobato. Escolhi Viagem ao Céu. Boas lembranças. Emília no País da Gramática foi a minha inspiração. Foi esse livro q me levou à paixão pela língua e suas origens. E, no final das contas, a razão da escolha incerta da faculdade de Letras. É bom comprar livros. É melhor ainda lê-los, folheá-los... há uma alegria q só pode ser contida, mas alegria assim mesmo, em lidar com eles, especialmente em livrarias. Bibliotecas são fantásticas, como a Biblioteca Nacional, por ex., mas a livraria (e o seu pp exemplar) te permite manusear. O prazer dos sentidos, só compreendido pelos aficcionados. Ñ são muitos, mas já fiquei contente de ver a fila da Siciliano no sábado q precedeu o Natal. Fiquei feliz até de entrar na dita cuja, p/ trocar um livro. E aproveitar p/ comprar o do Eduardo Bueno, q namoro desde o Natal passado, e (re)comprar O Mundo de Sofia para minha filha. Uma ou duas horas na livraria são das melhores formas de se passar o tempo q conheço.
É meia-noite. Não, não é um post-assombração. É q eu queria registrar o Ano Novo, mas estava ocupada arrumando a caixa postal e pensando em idéias para o meio ambiente (essa história de meio ambiente me deixa encafifada - desde q eu li a óbvia idéia de q o ambiente é uma coisa inteira, ñ é parcial... ou algo assim). Façamos de conta q o fuso horário é diferente (NYC, por ex.), ou lembremos q é horário de verão, então, na verdade ainda é dia 1/1/2008. O mais bizarro é como 2007 andou rápido... seria o medo do envelhecimento? Ou talvez o fato de q eu estava empenhada em programar A viagem, e com isso os dias passaram (psicologicamente) mais rapidamente? Whatever. Sei q foi no susto. E cá estamos. Ontem resolvi ir jantar na casa do meu irmão, para variar. Voltei para casa na contramão da multidão, q se dirigia em massa para a praia. Este ano ñ teve simpatias, nem ceia, nem nostalgia. Nem ia fotografar, mas acabei lembrando q a nova câmera filma (a outra tb, mas eu tenho preguiça de ler manual), e fi-lo. Ou o fiz? Whatever. Again. Ainda ñ baixei. Tenho essa prática de retardamento, boa ou ruim. Pressa para algumas coisas, delay para outras.
Então. Hoje tb fiz coisa diferente - fui almoçar na casa da minha prima. Volta no tempo, lugar da minha infância. Nada mudou. As casas tiveram uma repaginada, mas, por outro lado, a favelização desenfreada q toma conta da cidade tb bateu ponto lá. Céus, q desorganização, q desordenação. Cidade sem lei, cidade sem cuidado. Os poderes estão precisando da regra de ouro e de ler Leonardo Boff. Cuidar, cuidar. Um bom tema para o ano. Façamos aos outros aquilo q queremos q nos façam, e cuidemos. Já está de bom tamanho.
Feliz Ano Novo. Ou, como diz minha amiga, um ano novo doce!