segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Literatura ou exibicionismo?

Um post publicado em 15 de novembro de 2010, agora, em 2023, é posto sob revisão porque supostamente feriria as regras do Blogger. 

Causa-me espanto a celeridade com que essa revisão foi feita. Apenas 12 anos e pouco se passaram. 

Enquanto isso, a internet está povoada de discursos de ódio e fake news, inclusive com o aval do Google, que é "dono" do Blogger.

Hipocrisia?

sábado, 16 de outubro de 2010

Downtown Rio

Feira do Lavradio - Lavradio's Fair: Antiques, Crafts, Bric-a-Brac, Music, Food, People, with colonial buildings along the street and neighborhood, but with a very modern cathedral nearby (Roman Catholic Church). 










Walk around:

Theatro Municipal: Praça Marechal Floriano (Subway: Cinelandia Station)







Gustavo Capanema Palace - Candido Portinari Tile Work (Av. Graça Aranha)
http://en.wikipedia.org/wiki/Candido_Portinari





sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Esperançar

Uma imigrante mexicana nos EUA acaba de conseguir seu visto. Até aí nada demais. O detalhe é que ela tem 101 anos. Sim, senhora, chegou lá aos seis meses, no colinho da mãe, numa época em que era possível ir de um lado para o outro da fronteira sem maiores formalidades. A centenária (e uma) parece estar muito bem, pela foto, pelo menos, e, segundo se informa, fez o teste de praxe, passou, e as autoridades americanas estão honradas por recebê-la como cidadã. Uma história interessante. Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/10/101013_centenariaeua_is.shtml
De tudo que me chamou a atenção na matéria, destaco a disposição da senhorinha. Poderia falar da idade, até porque as duas coisas estão totalmente relacionadas – muito fácil ser jovem e ter disposição, quero ver chegar a essa idade e não declinar, não se deprimir, enfim, dá pra imaginar o que passa pela cabeça de qualquer pessoa, pelo menos da minha: viver o dia a dia é uma luta interna e externa. Entre os conflitos morais e a batalha pela sobrevivência, o medo se faz companheiro constante. Daí o encantamento.
O filósofo Mário Sergio Cortella (http://pt.wikipedia.org/wiki/Mario_Sergio_Cortellafalou na GloboNews sobre os mineiros que estiveram soterrados por 69 dias na mina que desabou no Atacama, Chile. O repórter lhe perguntar se qualquer pessoa teria a capacidade de reagir da mesma forma como aqueles homens. Já tinha eu pensado sobre o assunto. A dieta deles consistia em duas colheres de atum (bleargh!), meia bolacha, pedaços de pêssego em calda e um pouco de leite a cada 48 horas. Mas como eles conseguiram chegar a esse consenso? Como mantiveram a disciplina, a fé, a esperança? Cortella disse então que no desespero, há duas posturas possíveis: a esperança e a espera. A espera é passiva, e a esperança não. Foi esta que levou aqueles homens a se organizarem. E daí o verbo (que não existe na “língua-padrão”) usado pelo filósofo, “esperançar”. Ele citou o grande Paulo Freire, aquele que podia ter feito uma grande diferença na educação no Brasil mas não deixaram. Mas esse é outro papo.
Ora espero e ora esperanço. Meu instrumento são as palavras. Lembro de Gonzaguinha: quando eu soltar a minha voz, por favor entenda... que palavra por palavra eis aqui uma pessoa se entregando... Mas há uma barreira, ainda intransponível – a forma de comunicação – e há expectativas que nem sempre serão correspondidas. Parece que é isso, buscar a forma perfeita de expressão e conseguir que a mensagem seja entendida. Não é suficiente, claro. Senão a esperança não se concretizaria. É preciso que haja ação. Foi isso que fez a lépida anciã, e o que fizeram os mineiros soterrados. Não esmoreceram jamais. Viveram. Vivem.

domingo, 12 de setembro de 2010

Brincando de boneca - Fase II




Bizarro pensar que ontem relembrava minhas primeiras bonecas, quando, hoje passeando no shopping, deparei com um balcão da Clinique (http://www.clinique.com.br/), e, voilà!, lá fui eu deixar que brincassem de boneca comigo!


Não, mulher não se resume a brincar de boneca mimetizando a relação mãe-filha, nem vive de passear em shopping, fazer compras e se maquiar. Multifacetada demais para isso. Aliás, um dos grandes equívocos que podemos cometer é não reconhecermos essa característica e nos concentrarmos em um aspecto de nossa personalidade. Usando um clichê, somos pedras - preciosas, por que não? - em estado bruto. Um pode ser que será ou não.


A verdade é que o tempo (leia-se a idade) é um pouco responsável por essa "brincadeira", afinal, se não fosse uma manchinha que apareceu no meu rosto, e uma propaganda que vi numa revista, mais a qualidade da marca, teria seguido meu caminho. Esse mesmo tempo também levou embora um pouco da vergonha que sinto de me expor em público. Não de todo, mas o suficiente para me sentar no meio do shopping e deixar que a expert da marca teste os produtos em mim e depois me maquie, sem que eu tenha a menor consciência do que está acontecendo a minha volta. Uma vez ou outra percebo alguém perto, ou uma outra especialista, mas é só. Imagine se isso aconteceria há alguns anos. Nunquinha.


Tenho de confessar também que esse é um ótimo truque para descansar as pernas e para que cuidem da gente - poderia ser de graça, mas isso não existe, como dizia Milton Friedman. Aliás, esse desembaraço me veio à cabeça em Londres, há dois anos atrás, exatamente quando eu estava quase caindo de morta de tanto cansaço, na Oxford St. e entrei numa loja de departamentos, e uma moça muito gentil quis fazer uma demonstração de maquiagem. Ah, sim, ainda tem isso, a gente ainda está com aquela de exaustão, e para quem não usa nada além de protetor solar e é branco-vampiro como eu, ia cair bem uma corzinha, mesmo artificial. Ficou bem legal. Como hoje também. Tirei a foto (ñ sei pq ñ lembrei de fazer a mesma coisa lá, idiota, afinal, era turista e estava com a câmera na mão! duh!).


Saí com o produtinho (que de inho ñ tem nada, é megacaro, ainda que seja bem mais barato do que uma cirurgia plástica... =D) na bolsa, muito culpada, mas é um dos poucos luxos a que me dou (além dos livros, pelos quais sou compulsiva).


E só ao começar a escrever é que me dei conta da correlação entre os posts de ontem e hoje, passado e presente, e comecei a refletir sobre essa trajetória, mas ainda há muito a pensar, mesmo porque eu não sou a melhor representante da mulher vaidosa, sequer sei andar de salto alto, nem ando de maquiagem, MAS, não posso deixar de pensar no surreal da situação, especialmente se considerar que se costumava ironizar a mulher que ia se arrumar dizendo que ela ia se "embonecar", e segundo o dicionário eletrônico iAulete, o termo significa enfeitar-se com algum exagero. 


Mas eu juro que não exagerei!!!!

sábado, 11 de setembro de 2010

Memórias



Tenho uma vaga lembrança de onde foi tirada essa foto. Certamente nas vizinhanças do primeiro bairro onde morei. Talvez perto do convento. Maravilhoso convento, ao lado da igreja que frequentava. Madre Amância, que veio da Espanha, e me deu uma latinha em forma de casinha. Não sei onde foi parar. Uma pena. Adoro latinhas. Será que é por isso? Claro que não é qualquer uma. Aquelas, que imitam casinhas, por exemplo. Era assim, a minha. Deve ter vindo da terra dela, e sumiu no tempo, nem sei porquê, pois não somos de jogar coisas fora - a família aqui é do tipo "colecionadora". E coloco a palavra entre aspas porque não sendo ricos, isso só poderia significar que guardávamos bugingangas. Vide definição do blog (se é que eu ainda não mudei - ando muito errática na minha escrita). 


Sempre se falou muito mal dos colégios católicos (não estudei em nenhum), a Inquisição foi um horror, as Cruzadas fizeram seus estragos, como toda guerra religiosa (e todo fundamentalismo), os missionários saíram aculturando a torto e a direito, e ainda temos a pedofilia na ordem do dia, fora outros dogmas discutíveis. Mas eu, pessoalmente, tirando as crenças que não professo mais, há muito tempo, tenho lembranças adoráveis dessas pessoas: madre Amância, irmã Irene, a noviça Piedade e o padre Alberto, que me batizou e com quem fiz a primeira comunhão. 


Eles eram megafofos, de uma bondade ímpar. E a madre me adorava, acho que ela pensava que eu era uma boneca... eu era muito pequena, muito magra, sei lá, algo assim. Eu e meu irmão éramos muito educadinhos, comportados, estudiosos. Devia ser isso. Sei que fui premiada com essa latinha. E não é que anos depois, quando meu irmão já viajava a trabalho, foi encontrar a irmã Irene em Santos? Eu gostaria de ter reencontrado todos eles, ou qualquer um deles. Não é um daqueles casos de retocar a memória - a gente adora tirar fotografias, faz pose, escolhe o cenário, tudo para registrar um momento - nessa foto que selecionei estou com uma de minhas primeiras bonecas, que chamei de Valéria. O cabelo dela era louro, o vestido era branco e azul. Meu vestido era azul, acho, talvez amarelinho, e costurado por minha mãe, com detalhes na barra. Eu devia estar ali com uns 6 anos, talvez. Papai tirava essas fotos com uma câmera maravilhosa, acho que era uma Roleiflex, e outro dia perguntei ao meu irmão o que tinha acontecido com ela, porque era uma preciosidade, daquelas de se colocar na cristaleira (onde boto tudo que é diferente, bizarro, minhas lembranças de viagem, meus bric-a-bracs), e fiquei triste de saber que ele tinha perdido em uma viagem. Mas, fazer o quê? A vida é assim. Tudo é efêmero. E não é uma fotografia mesmo, é um daqueles micro-negativos que fica num trequinho de plástico, que a gente olha por um visorzinho. Não sei como se chama e não sei explicar direito. Daí que eu peguei e mandei fazer a foto. Fica assim, com esse jeitinho sépia, antiguinho. Porque é. Ufa, bota antigo nisso. Quer dizer, mais do que eu gostaria, não de 1920, 1940, claro, pera lá.


Mas lá estou eu, contente da vida, não estou sorrindo pra câmera só por obrigação - aquele era um tempo de inocência. Eu amava minhas bonecas, enfileirava todas elas na parede do lado de fora da casa e ficava dando aula pra elas. Tinha a Gina (que eu tenho até hoje - tenho urgente de achar um Hospital de Bonecas pra coitadinha, ela é linda, tem cara de antiguidade, só não dá pra por na cristaleira, é grande demais pra isso... só que meus filhos ficam dizendo que ela parece o Chuck, eles são tão malvados! =/) - nome também inventado -, tinha a Jaqueline mãe e a Jaqueline filha (nossa, que cabelos feios, sabe aquele produtinho que se usava antigamente, chamado laquê, nos filmes americanos? poizé... as bichinhas tinham o cabelo armado assim, parecia um capacete, feito o cabelo da mulher do Bonner, esqueci o nome dela...), depois veio a Mary Poppins... e esqueci as outras. 


Coisa de quem brincava sozinha. Coisa de mãe que não deixava a gente brincar com mais ninguém.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Simpatias

Abro um link do @terraestilobr no Twitter sobre simpatias - adoro um ritual, mitos, crenças, uma bruxinha, um vampiro, Joseph Campbell, Jungs e Freuds - e me assusto. 
Não, não tem nenhuma receita pra torcer o pescoço de uma galinha e beber o sangue (eca) ou ir a algum cemitério à meia-noite. Pelo menos até onde li. E está tudo organizado por temas: namoro, conquista, dinheiro, outras. O que, na verdade, nos deixa com dois grandes temas, amor e dinheiro, porque o resto são variações. E pra ganhar dinheiro é pouquinha coisa, viu? Haja experimentação na temática do coração. E criatividade. Foi aí que me espantei.
Pois se você quer conquistar UM (artigo indefinido) rapaz, é porque quer, supostamente, se inscrever no programa de encontros do universo e ver o que aparece de bom. Né não. Tem de ter já o nomezinho do candidato, com ficha corrida (de preferência já tendo sido aprovado pelo Ficha Limpa, pra depois não virem lá os encarregados das forças mágicas se eximirem, dizendo: foi você que escolheu, está lá no papelzinho, assinou o contrato, nas letrinhas miúdas). 
É tudo tão específico, que tem, por exemplo, simpatia pra conquistar viúvo:
Corte um pequeno pedaço de uma calcinha sua. Molhe esse pedacinho em perfume de alfazema. E, sem que ele perceba, coloque-o num dos bolsos dele. E aguarde..o.O
http://vidaeestilo.terra.com.br/esoterico/interna/0,,OI4039652-EI14329,00-Conquiste+um+viuvo.html
Essa aqui eu acho complicada (é pra nunca faltar dinheiro):
Junte 28 grãos de milho e 12 moedas. Nos quatro principais cantos de sua casa, em cada um, coloque sete grãos de milho e 3 moedas. Não permita que ninguém mexa nos grãos de milho e nas moedas.
Porque as moedas, tudo bem, mas eventualmente um desses grãos vai se perder quando se limpar a casa. É a Lei de Murphy. E aí? Eu, que sou obsessiva, vou ficar desesperada, na mesma hora vou achar que minha fortuna (haha) se perderá.
Esta aqui já mais simpática:
Num jardim muito florido, atire sete moedas do menor valor possível. Em seguida, diga em voz alta: "Crianças invisíveis, estou lhes oferecendo estas moedinhas e quero, em troca delas, milhões de moedas de maior valor". 
Mesmo assim, não consigo me imaginar fazendo papel de doida, jogando moedas pro alto num jardim. Hum, como resolver esse enigma?
Até lá, um banho de sal grosso cai bem.

http://vidaeestilo.terra.com.br/esoterico/interna/0,,OI4063242-EI14329,00-Simpatias+capa.html#esoterico

domingo, 18 de julho de 2010

Minha Amada Imortal - Nona sinfonia de Beethoven



Nunca tinha me interessado em assistir a este filme, não sei a razão. Sempre fui um pouco inflexível quanto a alterações de histórias tradicionais, e se fosse examinar a fundo a questão, veria que muito do que lemos é, no fundo, alterado. Mas, por exemplo, resisto no que se refere aos clássicos, e não posso descrever o horror que sinto ao ver as distorções dos personagens de Jane Austen que proliferam por aí. Acabei de ler Murder at Mansfield Park, de Lynn Shepherd, já li Pride and Prejudice and Zombies, e tudo que posso imaginar é que se trata de um reaproveitamento do gênio de Austen, sem nada a acrescentar.
Já quanto a biografias especulativas, a história é outra. Beethoven escreveu uma carta para uma misteriosa mulher, segundo seu biógrafo (Schindler), e que termina assim:

"Não duvides jamais do fiel coração de teu enamorado Ludwig. Eternamente teu, eternamente minha, eternamente nossos."


Quem fez o filme achou por bem determinar que tal mulher era a cunhada de Beethoven, apesar da terrível disputa que houve entre eles pela guarda do sobrinho do grande compositor, o que resultou em um grande filme, e uma interpretação (para mim), mais uma vez, magistral de Gary Oldman - de arrancar lágrimas, eu, que não sou dada a esse tipo de reação. Creio que é um mix: interpretação + música + amor frustrado. Tiro e queda. Ponha-se a Nona Sinfonia, e não pode haver alma (sensível) que resista.

Mesmo sendo especulação, acabei vendo o filme por acaso, na TV, e não pude desviar os olhos, por causa do assunto, da música, e de Gary Oldman, um de meus atores preferidos. O vídeo anexado é o ápice da emoção, e a Nona sempre foi uma de minhas favoritas. Eu, que sou fã de carteirinha de Sex & the City, como não poderia ficar de olhinhos brilhantes quando Cris Noth sussurra no ouvido de SJP "Forever thine, Forever mine, Forever ours"? Talvez seja por isso que eu seja do signo de Sagitário, uma parte com as patinhas no chão, outra parte apontando a flecha para o céu (cabeça nas nuvens), ou por isso que relacionamentos não engatam, pq eu espero dentro da praticidade, do pragmatismo (que eu tenho muito) haja sonho, ou o que se convencionou chamar de "romantismo". Chame-se de emoção. Whatever. Um pouco não faz mal a ninguém.

Enquanto fazia minhas pesquisas, para escrever este post (até pq tinha de verificar alguns fatos, me dei conta - coincidência ou sincronicidade, não sei - de que algumas figuras amadas aqui citadas compartilham comigo o dia do aniversário... =D quanta honra: Jane Austen e Beethoven nasceram no dia 16 de dezembro... ai ai por que eu não sou um gênio??? =/).

domingo, 11 de julho de 2010

From the bus



We can tour Rio de Janeiro by bus and while we enjoy it, take some pics. Nothing professional, mind you, just using the opportunity - though I would recommend to do that in the buses that integrate with the subway. Cheap and comfortable (not in the rush hour, though), and specially in the weekends, they do not run like the common buses (meaning: mad), allowing a good view of the city and some surprising shots.


For instance, you can go from Botafogo to Jardim Botânico (Botanic Garden), and get to know it - it is a green sanctuary, protected by law and it was designated as a biosphere reserve by Unesco in 1992. It is one of the great tropical botanical gardens of the world. It was founded in 1808 by John, prince regent of the United Kingdom of Brazil and Portugal (later King John VI). Native Brazilian plants such as palms predominate (see photo). To get to Botafogo, you can use the subway.


But if you are only passing by, take your shots, pay attention to your stuff (I mean, don't show off, even though you can't hide you are a tourist, or at least different, the minute you start taking pictures), remember that it is not a tour bus - each time you hop in, you will pay a fare (R$ 2,80).


If you choose a common bus:
Public transportation : Rua Jardim Botanico próximo ao número 683 (14 m)   158170172173176178179410438,511


Jardim Botânico Street, 705
http://www.openstreetmap.org/?lat=-22.9677&lon=-43.2235&zoom=15&layers=B000FTF
or
http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&ie=UTF8&q=jardim+botanico+rio+de+janeiro+endereço&fb=1&gl=br&hq=jardim+botanico+rio+de+janeiro+endereço&hnear=Rio+de+Janeiro+-+RJ&view=map&cid=507481849384021126&iwloc=A&ved=0CBwQpQY&sa=X&ei=Fzs6TNbkIqe6yATm6NGgDQ

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O tempo que nos resta

Tempo, tempo, agora não penso noutra coisa. Sempre fui e continuo sendo a maior desperdiçadora desse item, com culpa ou sem. Parte minha e parte de minha mãe. Antes era uma coisa de criação (mamãe nasceu para ser general, mas Deus não dá asa a cobra), agora faz parte da idade - ele está se esvaindo mesmo.
Com ele se vão algumas esperanças, desejos, sonhos, e atenções alheias. A sociedade deixa de se importar com as pessoas mais velhas, e até se criou um ridículo eufemismo, coisa de propaganda enganosa, na minha opinião - chama-se "melhor idade". Melhor pra quem, cara pálida? Só num aspecto, e para uma minoria, aquela que começou a vida dura e passou a ganhar um pouco mais, tem uma situação mais sólida e agora vai aproveitar um pouco.
E até nisso já é um pouco irônico: muitas separações, homens costumam trocar as mulheres com quem casaram e têm mais ou menos a mesma idade por outras mais jovens. Enquanto isso, embora venha crescendo o número de mulheres que não hesitam em fazer par com homens mais jovens, não é o habitual. 
Golpista pra todo lado - inclusive há que se ter o maior cuidado com as novas mídias. Outro dia, lá pelas bandas da Austrália uma menina foi assassinada por um pervertido. 
Mas enquanto somos jovens, o mundo nos pertence. A cada década, vai caindo um bastião, até que neste país, onde se lêem uns 5 livros por ano, aposentam as pessoas aos 50 anos de idade. Poizé. Não serve pra mais nada. O cérebro já gastou, tem um fresquinho recém-egresso da faculdade prontinho pra ser moído.
Não sei, será que não tem alguma coisa errada nessa concepção de mundo, de trabalho? 
Sem resposta, escuto tangos. Minha vida jamais daria um samba ou um pagode. Sempre, sempre Astor Piazzolla, Adiós Nonino é o que vai lá no fundo, sei lá porquê. Voltaria a Buenos Aires, à casa de tango  (Piazzolla), na Florida, só para assistir àquele show maravilhoso, apenas por esse momento. 
Mas pessoas idosas devem fazer check-ups, e para combinar, vamos de Eletrocardiotango, San Telmo Lounge.

Afinal, alguma vantagem a "melhor idade"  haveria de ter. 

domingo, 4 de julho de 2010

Encontros

Encontro de pessoas é também encontrar-se consigo mesmo. Espelhos refletindo múltiplas imagens que de outra forma não se enxergam ao se estar sozinho, porque, às vezes, nos esquecemos de olhar.


Mas não é só isso. Se assim fosse, seria um mero exercício do ego. É uma troca de experiências, de ideias, de informações, de energia. Quem diria que há tanta vida lá fora, não só aqui dentro, como uma onda no mar?


Alguns de nós resistem a fazer o esforço, dar o grande passo que implica desvendar o mistério de descobrir o que há por trás do rótulo, da máscara que parece se confundir com uma pessoa. Quem sabe o quê vai sair da caixa de Pandora? Medo, preguiça...


Nada é irremediável. Há que se correr algum risco para se dizer que valeu a pena viver. Clichê(s)? Pode ser. Mas não menos verdadeiro(s).



sexta-feira, 25 de junho de 2010

Três dicas espertas para reciclar os livros usados

Três dicas espertas para reciclar os livros usados

"Você sabia que os brasileiros leem, em média, 4,7 livros por ano? Quem possui ensino superior lê mais, 8,3 obras."

Está lá, na matéria. Estava lendo outro dia não sei onde, para nos "treinarmos" para ler, que era para começar lendo 1 livro por mês. Só aí já seriam 12 livros por ano. Isto para quem não lê nada. Bom, pela pesquisa do IBGE, se a média é de 4,7 livros/ano, 12 livros representariam quase o triplo.

Aí o autor do artigo diz para se tentar passar para a média de 1 por semana. Bem. Meta ambiciosa. Não é que seja impossível. Depende do que vc faz com o resto do seu tempo, se é um procrastinador (como eu), como lê, que tipo de livro lê. Se eu pegar um romance ou suspense, e estiver à toa, sou capaz de ler em 1 dia. Mas um livro de referência não se trata assim. Há que se deter, sublinhar (ainda que metaforicamente), retornar a trechos importantes ou duvidosos... às vezes reproduzir alguns deles, discuti-los... E há alguns livros que se arrastam. Sou daquelas obsessivas. Raramente deixo de ir até o final de algum livro. Nem me lembro se isto já aconteceu. Posso achar ruim, horrível, me livrar do livro tão logo vire a última página - caso de Pride and Prejudice & Zombies, caça-níqueis que um espertinho escreveu, colando um monte de besteiras no texto impecável de Jane Austen - mas leio o dito cujo como quem faz o dever de casa. Resquícios da educação escolar e materna rígidas? Acho que não. Pois em outras matérias eu dava um jeitinho tranquilamente, e enrolava, como faço até hoje. Tudo de que não gosto eu adio. Procrastinação é minha especialidade.

Já se eu pudesse escolher uma profissão para mim, esta seria ler. Gosto de escrever, mas até nisto eu enrolo. Mas a leitura é diferente. Muito, mas muito antes de completar o ensino superior, minha média de leitura já era bem maior do que 8,3 obras/ano. Por óbvio. Junte a fome com a vontade de comer: o que nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Eu gosto de ler porque gosto ou porque não tinha outras opções de lazer? Disseram-me recentemente que é "cafoninha falar que pobre não gosta de estudar e ambiciona ganhar dinheiro com futebol". Bom, quem disse isso distorceu completamente minhas palavras, e só me conheceu agora. Mal sabe que nasci pobre, pobre de marré de si. Eu sempre gostei de estudar, gosto de futebol, obviamente não vou ganhar dinheiro com isso, talvez haja alguma chance, quem sabe, de ganhar dinheiro na mega-sena (talvez se eu tivesse estudado menos, e tivesse feito concurso pra copeira do judiciário, do legislativo, quem sabe, agora que estão pleiteando um aumento de 25%, e esse povo pode chegar a ganhar 8 mil reais de salário, néam?).

Mas um reparo: me dá uma agonia danada ver os livrinhos sendo cortados... ah isso dá. Ui, que aflição.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Jane Austen: Amor e Amizade

http://en.wikipedia.org/wiki/File:CassandraAusten-JaneAustenBackView(1804).jpg


Amor e Amizade é uma história juvenil de Jane Austen, datada de 1790. Dos 11 aos 18 anos, Jane escreveu suas histórias em três cadernos, que ainda existem - um na Bodleian Library; os outros dois no Museu Britânico. Entre eles se inclui Amor e Amizade (Love e Freindship - com essa grafia mesmo), escrito quando Jane tinha 14 anos, e A História da Inglaterra, quando ela tinha 15 anos.
Em forma de cartas, como sua última obra não publicada, Lady Susan, acredita-se que esta história foi escrita para o divertimento de sua família. As cenas, concebidas como cartas da heroína Laura para Marianne, a filha de sua amiga, Isabel, "a Condessa de Feuillide", podem ter sido idealizadas como leituras noturnas para a jovem Jane. Amor e Amizade (observe-se que o erro de grafia do título não é o único no texto) é claramente uma paródia das novelas  que Austen lia quando criança. Isto fica claro do subtítulo, "Enganada na amizade e traída no amor", que subverte completamente o título.
Em sua forma, parece-se com um conto de fadas como qualquer outro, apresentando coincidências aqui e ali e reviravoltas da sorte, mas Austen está determinada a ridicularizar as convenções das histórias românticas, até mesmo os desmaios, que sempre acabam mal para as personagens femininas.
Nesta história, pode-se observar o desenvolvimento do talento perspicaz e desdém pela sensibilidade romântica, tão típica de suas últimas obras.


Tradução livre de artigo da Wikipedia (http://en.wikipedia.org/wiki/Love_and_Freindship)


Disponível em inglês, grátis, versão em áudio: 


http://freebooksread.blogspot.com/search/label/Jane%20Austen


Para leitura:


http://www.bookrix.com/book.php?bookID=audio.books_1263908567.1150629520&page=3&preview=&MaxW=1280&tm=1276137696&zoom=



segunda-feira, 7 de junho de 2010

Memories


1995. Chegamos a NYC, eu e Déa, viagem corrida, tinha acabado de mudar de setor, resolvemos economizar na diária (sempre pagávamos 1 a mais p/ podermos deixar logo as bagagens no quarto, descansar um pouco, etc., e isso numa época em que check-in era 12 h). Também pela primeira vez achamos de ñ ficar na altura da 47, como sempre, ñ sei pq, ficamos num hotel na 33, do lado do Empire State. Concierge mal-encarado, rua idem, ñ tinha segurança nenhuma então, e sequer se conseguia uma deli aberta depois das 19 h. O bônus: ficar de queixo caído olhando pro Empire a cada dia com uma iluminação diferente. Não cansava e não canso, podem me chamar de provinciana.
A piada: pois como eram os tempos de chegar cedinho lá (e tinha armário pra guardar as malas), fomos pra rua começar a bater perna antes de 9 da manhã, que remédio, néam?!?! Só que naquele dia caiu uma tempestade na cidade. Poizé. Do tipo de botar abaixo um prédio de 3 andares no Brooklyn ou em New Jersey, ñ lembro mais. E nós, sem guarda-chuva e sem ter pra onde correr (comércio só às 9) na Quinta Avenida, ficamos ensopadas. Eu, particularmente, com um casaco de lã com ombreiras (era a moda, ué), fiquei cômica. Déa só fazia apertar as ombreiras e as ditas cujas faziam aquele squish-squish. Um frio de matar (claro, o vento típico, com a gente molhada, o que se podia esperar?), e só nos restava andar até encontrar algum refúgio. 
E assim fizemos, até chegar ao Plaza, na 59. A chuva era fininha, mas inclemente. Tiritávamos de frio. E vimos o Mickey Mantle's, esse barzinho salvador, com um pequeno aglomerado na porta. Decepção. Fechado. Todos na mesma situação que a nossa. Mas não tinha jeito. Dali não sairíamos. Aguentamos, não sei se abriu 11:30 ou meio-dia, mas, finalmente, abriu. Só ñ digo que foi invadido porque todo mundo era razoavelmente educado, mas realmente, o desespero era grande, assim como o frio e a fome. Pela primeira vez eu comi chili. Acabei de lembrar disso! Como tinha pimenta! Devo ter tomado um balde de coca-cola junto, ñ sei, o que lembro é o ambiente, a memorabilia do bar, tudo tão discreto, o aconchego, o conforto - literal e figurativo. Passei um tempo recolhendo guardanapos de diversos lugares para uma prima que os colecionava. Agora eu os guardo para uso (já repararam que mesmo que vc ñ use os garçons simplesmente têm de jogá-los no lixo? oh horror!). Têm 1001 utilidades.
Pois bem. Revirando minhas coisas, que estou arrumando, achei o guardanapo, aqui escaneado. 15 anos.
Em 2007, depois de 8 anos sem voltar à cidade, fui revisitar alguns pontos. Um deles é a Famiglia Pizzeria. É preciso deixar claro que ñ sou rica nem gourmet. Viajo de econômica e com budget. E está ótimo - pelo menos viajo, porque é assim que me energizo e crio memórias. Uma delas está ligada a esse lugar: quando fomos ao musical Cats, eu e Déa, e saímos no meio, logo depois de Memories, pq foi a única coisa que se tolerava, naquele ponto fora de mão, e com a fome que estávamos, o primeiro "buraco" que vimos foi essa pizzaria. Algo assim como uma Parmê. Kind of. Apesar de ter retrato de artistas na parede, famosos, ñ lembro quais (De Niro? ou seria Pacino?). Well. Serviu a seu propósito. Pedimos 2 fatias de 'white pizza' com coca, e nos fartamos. Virou tradição. Era assim conosco. Saint Patrick, Barnes, Hard Rock, Planet, Brooklin Bridge, Phantom of the Opera, Met... a mãe de minha amiga sempre falava: mas vcs vão de novo para Nova York? Ninguém entendia, fazer o quê? Paixão é paixão. Meus filhos entenderam de cara. Minha sobrinha também.
Déa morreu em 1999. Quando saímos de Paris para lá, ela já estava bastante doente, e quando chegou na Broadway, ela chorou, e disse que nunca mais voltaria a ver aquilo ali. Penso no tempo, no envelhecimento, em como o câncer é cruel, fico aterrorizada com a possibilidade de desenvolver demência, como minha mãe, mas, no final das contas, há tantas coisas vividas, e, como diz o rabino Nilton Bonder, há que se planejar como se fôssemos viver para sempre, mas vivermos como se pudéssemos morrer no próximo segundo.
Deus é misericordioso. 

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Viktor Frankl: Why to believe in others | Video on TED.com

Viktor Frankl: Why to believe in others | Video on TED.com

Um dos livros que mais me sensibilizou, Em busca de sentido, foi deste médico e psiquiatra austríaco, que relata sua vida (?) em um campo de concentração. Não sei como as pessoas são capazes de suportar essas coisas e, ainda assim, manterem seus ideais.

Vale assistir ao vídeo. Além de tudo, ele é engraçado. Como é possível?

domingo, 23 de maio de 2010

A angústia do tempo


Não li Proust, mas venho tentando recuperar o tempo perdido e, embora sabendo que é tarefa impossível, estou cada dia mais angustiada com a quantidade de coisas a fazer e deixadas de lado por falta de... tempo. Ou, como sempre afirmei, desorganização.
Antes era por causa do horário de trabalho. Agora, que não o possuo mais, o que é? Bem verdade que continuo com encargos autoimpostos, e o meu horário de dormir foi para o espaço (o que estou fazendo aqui a esta hora? tenho um monte de trabalho pra fazer pra faculdade e vou estar um trapo amanhã - que já é hoje mesmo), mas não posso negar que em não havendo mais a obrigação de comparecer mais à empresa, e poder me dar ao luxo de organizar meu próprio horário, o que está me faltando é disciplina. É? Então porque a angústia e a ansiedade? Porque não dou conta de fazer todas as coisas que pretendia fazer quando tivesse o poder de decisão sobre o meu tempo?
Uma pergunta sem resposta ainda. Mas uma outra pergunta que tem resposta é que a forma como minha cabeça pensa e se comporta não mudou, e isto se reflete exteriormente, o que me incomoda. Para todo lado que olho vejo coisas e mais coisas, excessos, acúmulos dos quais tento me livrar, mas só o consigo parcialmente. Minha ilusão era que o tempo serviria para arrumar isso e/ou dar uma solução satisfatória para essa bagunça, e uma das maneiras de fazê-lo dependeria, mais uma vez, de tempo (e, concomitantemente, de disciplina): boa parte de meu espaço é ocupado por livros e revistas. Para organizá-lo, preciso ler e descartar uma parte desse material. E o tempo para isso?
Estou andando em círculos, e agora estou com tanto sono que provavelmente o que escrevi não faz o menor sentido. Deixo assim mesmo, ilustrado pela curiosa imagem do prédio semidestruído perto da rua Senhor dos Passos.
Esta noite sonhei com uma metáfora da morte: Mr. Black, personagem vivido por Brad Pitt, título em inglês Meet Joe Black, em português Encontro Marcado. Foi uma semana em que a tônica foi a morte. Primeiro, porque fiz uma declaração dizendo que queria que meu corpo fosse cremado após minha morte. Depois porque foi aniversário de morte de meu pai (2003). E no dia (20/5), apesar de eu só lembrar à noite, fortuitamente (lembrei na véspera, pq datas ñ são o meu forte, elas vão e voltam), eu não falei de outro assunto com a psicóloga - papai, Mr. Black, cremação e outros assuntos correlatos. E sonhei. 
É verdade, que para morrer basta estar vivo. E que, racionalmente, com o que sei, temo mais um Alzheimer ou uma doença degenerativa do que a morte, mas como ñ sei o que se passa, o envelhecimento começa a se tornar um terror, e a morte uma preocupação. De que calibre, não sei. Os sonhos determinam o que rola no sub e no inconsciente. Que sei eu?!?
De qq forma, foi bem melhor encontrar Brad Pitt do que outra forma de apresentação. Cheguei a um ponto em que me recuso a horrores, porque a vida real já nos é suficiente. Agora quero ver tudo com lentes cor-de-rosa e finais felizes. Na ficção, nos sonhos... Não que eu seja crédula, apenas quero ter meu espaço pessoal para sonhar.
Continuo precisando arrumar a casa. Externa e interna.

sábado, 22 de maio de 2010

Dinheiro

Dinheiro é coisa séria, especialmente para quem nasceu sem nenhum. Lógico, todo mundo vem ao mundo zerado, mas alguns já têm uma conta bancária à sua espera. Não foi o meu caso. Mami & papi eram pobres e ainda por cima, da famigerada geração pós-guerra, aquela que é sempre citada quando se quer explicar a razão do apego aos bens materiais mais ínfimos.
Por estes dias li um artigo de um jornal inglês on-line em que se pregava a mesma política praticada por meus pais, meus avós, e daí para trás, por todos aqueles que não são afortunados materialmente, ou seja, economizar onde seja possível.
Às vezes pode parecer ridículo ou mesquinho, por exemplo, por exemplo, para quem ganha 1 salário, ver quem ganha 10, barganhar alguma coisa. É mesquinho, é o princípio da coisa ou alguma falta de equilíbrio? Só escarafunchando para saber. Quando a gente passa pela falta de alguma coisa, pode chegar aos 3 pontos: ao equilíbrio, à avareza extrema ou à prodigalidade total. 
O rabino Nilton Bonder tem um livro bem legal, A cabala do dinheiro, que eu preciso reler. Pergunte-me se eu lembro de alguma coisa escrita nele. Necas. Amnésia total. Só sei que gostei tanto que guardei e me apaixonei pelo escritor e me fez começar a refletir sobre a questão: porque a dificuldade de lidar com o dinheiro? Tratamos o dito cujo ora como objeto de desejo (sentimento de ganância) ora com desprezo, e mesmo raiva - vide Shakespeare, em O Mercador de Veneza, que retrata o judeu agiota como vilão. Não sei se é uma criação ou um reflexo da sociedade, mas o fato é que os judeus ficaram rotulados como essas criaturas que só pensariam em dinheiro e isso seria uma coisa ruim. Ora, eles realmente eram banqueiros, fato histórico. E até hoje os bancos não estão nas listas dos nossos melhores amigos. Portanto, temos realmente um problema de imagem negativa.
A psicologia continua não ajudando. Obviamente, se eu for fazer psicanálise, a coisa vai piorar. Imagine o quanto custa uma terapia?!?! Até terminar e se terminar, a possibilidade de guardar algum din-din foi por água abaixo - ou melhor, escoou para o bolso do analista.
Agora - tempo recente - as mulheres são obrigadas a tomar conta de si mesmas. Não têm para onde correr, e se os bancos quebram (olha aí!), se o fantasma da recessão assombra como aconteceu recentemente, como fazer? Não é à toa que no Brasil está todo mundo correndo para o concurso público. É uma possibilidade, mas não é a única.

Mas não era isso que eu queria escrever. 

Dando sequência às arrumações, achei esta 'Dieta do envelope' (Criativa, Abril 2009, por Camila Hessel).

1. Organize uma lista numerada das contas que vc deve pagar no mês, incluindo custos de transporte. (vai ficar difícil - os meus agora são não fixos!)
2. Compre um envelope para cada 1 dessas obrigações (ha! tenho dezenas deles... juntei...)
3. No dia em que receber o salário (daqui a 60 dias, espero...), vá ao banco e retire a quantia necessária p/ quitar todas essas contas. (ahn?)
4. Junte em cada envelope o boleto e o dinheiro que precisa para pagá-lo (hum... e o cartão de crédito? como vou saber quanto é?), arredondando os valores para cima (hiiiiii!). Então, se a conta de luz for R$ 16,30, guarde R$ 17.
5. Ponha os envelopes fechados em uma pasta (essa pasta vai sumir...), ordenando-os pela data de vencimento das contas. O do condomínio que vence no dia 5 deve ficar à frente da mensalidade da academia (que academia?) a ser paga no dia 8, e assim por diante.
6. Agora divida o quanto sobrou (hein? sobrou?) em sua conta-corrente pelo número de dias do mês. Façamos de conta que são R$ 600. Como junho tem 30 dias, o resultado é R$ 20.
7. Trabalhe com essa verba ao longo do mês, sem nunca ultrapassá-la. Está louca para ir àquele show que custa R$ 100? Dê um jeito de ficar 5 dias sem gastar nada, ou passe 10 dias com apenas R$ 10. (ah, é como viajar, a gente calcula X por dia, e vai administrando... no final enlouquece...)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Fashion + NYC + Futilidades




Coisas que eu amo: Nova York e bolinhas. Essa moça se chama Lizzie, que eu, não especialista em moda, apenas curiosa, não sei quem é. A foto foi tirada na rua 42, entre a Quinta e a Sexta Avenidas, em Manhattan. Nem me manifesto sobre a roupa (um vestido vintage Dolce & Gabana), porque não tem nada a ver com a minha idade. Acho que ficou bem fofa nela, mas eu adorei as sandálias Valentino).
O site de onde saiu a foto está aí em cima.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sonia Hirsch

Gosto dela há um tempão. Mas é, por múltiplas razões, todas minhas, um gosto limitado. A principal delas, a maioria dos alimentos ultra saudáveis que ela recomenda não passaria pelo teste do meu gosto. Sou enjoada desde que nasci, mamãe contava. Ela dizia que eu deixei de mamar no peito por volta dos 2 meses: enfiava a cabeça debaixo do braço dela. Não acreditei, mas... seria alguma coisa cármica? Afinal, a gente sempre andou às turras. Porque os meus filhos só largaram o peito por força das circunstâncias. Dizia o meu médico-guru que se não fosse o acidente de automóvel que sofri, sabe-se lá quando seria. 
Outro exemplo é a sopa. Mamãe dizia que eu cuspia a dita cuja na cara dela. E só recentemente passei a tomar, como só recentemente passei a ingerir certos alimentos - por obrigação. 
Donde que quando Sonia Hirsch diz que fortalecem os rins aipo, alho-poró, camarão, carne de carneiro, fígado de galo, mariscos, rins de boi, ovos de codorna e de pomba, sinto muito, mas se não houvesse opção, meus rins iam continuar fraquinhos. Ainda bem que ela fala de outros itens: sal, algas marinhas, feijões, cenoura, nabo (tb ñ gosto, mas...), cogumelos (especialmente shitake), sementes de gergelim, painço (o q é isto?), salsa, cravo-da-índia, nozes, pistache, e carne de porco.
Já o que enfraquece são os excessos em geral - especialmente de sal, açúcar, proteínas animais e atividade sexual -, longos banhos quentes, falta de sono, falta de confiança na vida, ambição desmedida (iiihhhh, esses políticos devem estar todos com os rins fraquinhos, fraquinhos). 
Para limpar os rins, ela recomenda os chás de quebra-pedra, assa-peixe, cavalinha, cana-de-macaco, cabelo-de-milho, e habu. Engraçado é que eu recebi um e-mail falando de outra coisa. Não sei se era salsa. E também não sei qual era a fonte. Acho que tenho um livro sobre ervas medicinais em algum lugar, vou pesquisar. 
De qualquer forma, é bom cuidar da saúde. E já é tarde, estou vendo que falta de sono enfraquece os rins, e não vou dar conta de resolver todas as coisas que preciso se não dormir. Good night, com trilha sonora dos Beatles.

Será que funcionam?

- Regenerador labial em gel da Dermage - Regenerage Lábios


- Regenerage Pós-Depilação, para reduzir pelos


- Corretivo DermaBlend, da Vichy, para cobrir manchas na pele

domingo, 16 de maio de 2010

Miscelânea

Agora me cabe uma responsabilidade maior na tarefa de administrar meu próprio tempo: não tenho mais de me reportar a um "patrão", aposentada que estou, papeis assinados no último dia 10/05/2010. Último dia de "trabalho oficial", dia 30/04/2010. Pensam que estou à toa, quando, na verdade, o que mudou foi o compromisso, e, é claro, a necessidade de se acordar a certa hora. Obviamente, também não faço mais parte de um corpo, sou mais indivíduo do que nunca. 
Mas o que não sabíamos (?) é que a corporação ocupa(ou) tanto espaço, que quando se retira de nossa vida ou nos retiramos dela (oportuno o vocábulo em inglês: "to retire"), imediatamente, como água, outras coisas estão à espreita para ocupá-lo. Seria só eu? Sei que algumas pessoas ficam deprimidas quando se aposentam. Estaria me enganando, talvez porque esteja fazendo um curso de especialização e esteja bastante atarefada?
O tempo - sempre ele - dirá.
A casa, sem novidades, continua de pernas para o ar, situação agravada pela tralha trazida do trabalho. Não pretendo arrumá-la de uma vez. Como tenho de aprender a me administrar e ao meu tempo, isto inclui à minha ansiedade crônica. Uma das coisas que mais atulha a casa são papeis - em todos os seus formatos, livros, jornais, revistas, etc. Vejo, leio, guardo, recorto até um dia. Muitas vezes o objetivo é compartilhar, outras é pela famosa justificativa de meu pai: "pode servir um dia". Só que há uma certa angústia, que não é de hoje, seja pelo tempo, seja pela ideia do consumismo em excesso, de se possuir menos, de se apegar menos, portanto, de uma forma ou de outra, preciso achar o ritmo certo de me organizar.

domingo, 11 de abril de 2010

Beatles 4ever



Um vídeo que me chegou de "presente" de aniversário... não estou comercializando... só curtindo a nostalgia de um momento único de artistas únicos.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Fotos





Ainda não acabei de postar as fotos de BsAs, falta pouco. Aqui estão uma de uma rua que eu não lembro, uma da Casa de Tango (Piazzolla), outra da rua do hotel (que eu tb ñ lembro) e outra do Caminito.

Já tem tempo que eu não viajo. Falei pra todo mundo o que Michael Jackson disse, 'That's it'. Claro que sem intenções funéreas (creio que ele tb ñ tinha, embora se excedendo nas dosagens como vinha, com altas probabilidades de um acidente). Mas, mesmo sem ser como o casal de http://twitter.com/NevEndingVoyage, parece que algumas pessoas têm, como mamãe dizia, 'bicho carpinteiro' no corpo. O que será esse bicho? Uma pesquisa no Google diz que é o escaravelho, que rói madeira, e por isso, a pessoa irrequieta se sente como se estivesse sendo roída por dentro; já outra pessoa diz que é uma derivação de 'bicho de corpo inteiro' - faz sentido de qq jeito, é uma inquietação, a coisa mais anti-zen que eu conheço, mas ñ chega a ser que nem o casal, que nunca quer parar, eu já acho que tem de ser 50/50, viaja um pouco e depois para pra assimilar, como tudo na vida, tem de ter o tempo de reflexão.


Essas fotos aí foram tiradas por minha filha, tem outras, já disse pra ela que algumas ficaram nubladas, especialmente a da Casa de Tango, uma pena. Ela disse que o problema é da câmera, que a minha é melhor, bla bla bla, mas eu acho que o problema está entre o cérebro e o dedo, pq acontece comigo tb. Ainda mais que eu ñ costumo ler manuais... =D (Não é o caso dela)

quinta-feira, 11 de março de 2010

O Cabildo


O antigo Cabildo é de 1600, e desde então sofreu várias modificações na sua extensão e nos elementos de construção. As diversas reformas por que passou foram principalmente devido à qualidade do material usado na época da construção, incluindo a derrubada de 6 de seus 11 arcos originais para abrir espaço para a Avenida de Mayo, mas conserva suas características coloniais e é um dos prédios mais antigos de Buenos Aires que ainda está de pé. Nele se estabeleceu o primeiro governo 'crioulo' e o primeiro antecedente de emancipação da Espanha, chamada Revolução de Maio, mais precisamente em 25 de maio de 1810.

Um cabildo ou ayuntamiento era um antigo conselho administrativo colonial espanhol que governava a municipalidade. Cabildos eram algumas vezes nomeados, outras vezes eleitos, mas eram considerados representativos de todos os proprietários de terras das redondezas (vecinos). O cabildo colonial tinha essencialmente a mesma estrutura do castelo medieval. Era o representante legal da municipalidade—e seus vecinos—perante a coroa, e assim foi uma das primeiras instituições estabelecidas pelos conquistadores quando se apoderaram da área logo depois que se instalavam, ou mesmo antes.

(Esqueci de dizer que muitas das informações daqui têm saído da Wikipedia, mas aqui também tem do Guia de Buenos Aires, da Editora On Line - muito útil enquanto estivemos andando, por causa do tamanho light e das informações corretas e resumidas e dicas úteis - tem um site: www.revistaonline.com.br)


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