quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Falta de inspiração


Na falta do que fazer, em vez de assistir ao BBB, ou estourar os tímpanos com um iPod, vá ao museu. Mesmo que não tenha $$$ para pagar a entrada, aprecie a arquitetura. O cérebro agradece.

sábado, 24 de janeiro de 2009

O BlackBerry de Obama

"You look at Amanda Root and you see how patience has shifted into neurosis, how niceties have condensed into suffocation; the battle of wits is now a fight to the death."
(from Jane Austen and Co., Remaking the Past in Contemporary Culture, Suzanne R. Pucci and James Thompson, editors, State University of New York Press)

As coisas andam aceleradas. Mesmo assim, continuam sendo refilmadas as histórias baseadas em clássicos, sejam de Jane Austen ou outros autores (posso citar a própria Keira Knightley, que esteve na última versão de Pride and Prejudice, mais A Duquesa e Desejo e Reparação, todos filmes de época, todos baseados em livros). Não vi os dois últimos, achei sua performance no primeiro um tanto ou quanto over, mas a acho boa atriz. O que importa é que ela escolhe bem, textos de qualidade.
Enquanto isso, o cinema americano continua produzindo High School Musical, Hannah Montanas e bobagens similares, mais violência, e a Paramount antevê prejuízo para o filme Benjamin Button, baseado em conto do escritor Scott Fitzgerald, apesar das indicações ao Oscar. Hmmmm...
Em 1995, lançou-se uma versão cinematográfica do livro Persuasion, de Austen, com os atores Amanda Root e Ciarán Hinds nos papéis principais. Uma obra-prima. Nunca vou esquecer aquele cinema em NYC com o porteiro uniformizado, atrás do Plaza. Lendo agora esta coletânea de artigos de professores que tentam passar a seus alunos universitários tudo o que vem sendo feito da literatura de Jane Austen, deparo com essa apropriada citação: a essência da personagem de Anne Elliott, magistralmente transmitida pela atriz Amanda Root, não cabe mais neste mundo onde não conseguimos nos desligar dos nossos telefones celulares.
O presidente Obama está brigando por seu BlackBerry: como perder o contato com o mundo? Mas é uma questão de segurança, alegam seus assessores. Agora mesmo, diz o New York Times, um 'verme' conhecido como Conficker infectou cerca de 9 milhões de computadores no mundo inteiro.
Discute-se daqui, discute-se dali, e o presidente manterá seu BlackBerry. Com restrições. A Fox News queria saber o endereço.

Mark Knoller, da Radio News disse, "None-of-your-business.com."
(Gostei, estou pensando em adotar... se um dia eu for importante... mas que o BlackBerry é fofo é... estou apaixonada... mas para responder àquela clássica pergunta: o q vc levaria para uma ilha, sua cópia de Pride and Prejudice ou seu BlackBerry, eu levaria o livro - até pq, onde eu carregaria o BB???).

sábado, 17 de janeiro de 2009

De serpentes

Não sei porque, mas inspirada em Mariela.
Eu vou sempre achar um animal repugnante - mas eu não sou propriamente uma pessoa de bichos e matos. Minha selva é a urbana. Não que eu ache o bicho-homem superior, longe disso. Mas a nossa cultura judaico-cristão estigmatizou a pobrezinha (?) desde o mito do Jardim do Éden. Aliás, estigmatizou a mulher também, mas aí é outra história. Parece que embrulharam a mulher e a serpente no mesmo saco. Suspeito que os escribas dos Testamentos são do sexo masculino.
Diz a Wikipedia que a serpente é um antigo deus da sabedoria, que guardava a entrada do mundo subterrâneo. Jung recuperou esse mito em seus sonhos. A serpente está ligada ao deus da medicina, sendo parte do sey símbolo - cura, portanto. Está vinculada à iluminação do Buda, também. Como é um bichinho que fascina minha amiga, e eu estou exercitando minha escrita, fiz uma historinha e mandei "de presente" pra ela. Copio aqui.


A SERPENTE NO PARAÍSO

Era uma vez um lugar tão bonito, mas tão bonito, que nele só havia água, terra, árvores, céu, flores, pedras e bichos. E mais Deus e os anjos, e outros seres assim. Tudo andava em harmonia, o que quer dizer, no equilíbrio peculiar à natureza: chove, faz sol, o leão corre atrás da gazela porque precisa se alimentar, e por aí vai.

Aí Deus, em uma de suas andanças viu que o que tinha feito era bom, mas quis checar com os habitantes. E resolveu ouvir a serpente - um dos seres mais curiosos do local. Sua forma longilínea, sinuosa e flexível a distinguia dos demais. Por isso mesmo ela se sentia diferente, e solitária. Foi o que disse a Deus, e lhe pediu mudanças: quem sabe, novos habitantes, para animar as coisas? Deus, então, criou o homem, que foi quando o desequilíbrio se fez no ambiente.

Deus e a serpente se entreolharam, e pensaram: e agora? E agora? Deus então criou a mulher. E se reuniram Deus, a serpente e a mulher, para pensar numa forma de consertar os erros cometidos pelo homem. Estão até hoje deliberando.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Conto de fadas


Era uma vez uma menina que aprendeu a ler e a escrever e se achava o máximo por isso (ou a achavam... bem, essa é outra história...). Lia tudo e escrevia tudo. Sua inspiração era a Emília, aquela, de Monteiro Lobato. Falava tanto que diziam que tinha "emilite". Escrevia tanto que criou calo e tendinite. Porém, o orgulho lhe subiu à cabeça. E Nemesis lhe enviou um mensageiro do Olimpo, um menino dourado do sol, que lhe disse: você falou demais, escreveu demais. A sua verdade não é absoluta, e mesmo que fosse, não vale para todos. Por isso, seu castigo será o silêncio. E o menino dourado se foi, e levou o sol com ele.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Fantasia & Realidade


Pular da fantasia para a realidade às vezes é possível. Em se tratando de fãs de Jane Austen, chega a ser provável, dependendo das circunstâncias. Se estas o ajudam a chegar a Bath, onde Jane ambientou Persuasion e Northanger Abbey, genial. Acontece que nenhum maluco conseguiu colocar, por exemplo, um viaduto no meio da cidade. Que, naturalmente, não é uma metrópole enlouquecida. E consegue perfeitamente abrigar qualquer filmagem e refilmagem dos perfeitos textos de Jane.
O mapa de Bath dos tempos de Jane pode ser perfeitamente entendido nos dias de hoje.
Vamos tentar fazer isso com o Rio de Machado de Assis, nosso gênio incomparável? Que, aliás, pode ser encontrado no site http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp, que é primo-irmão do Projeto Gutenberg.

Blogar pode fazer mal à saúde mental às vezes...

Especialmente quando a gente fica um tempão digitando um texto, e no final, o Blogger dá uma de Britney - Ooops, I did it again - e você perde tudo. Tudo bem quando vc é a Britney, e não faz diferença o que diz. É claro que não tem ninguém lendo o que eu escrevo, mas para mim, que perco tempo escrevendo, faz. Outro dia estava comentando um outro blog, aconteceu a mesma coisa. Ooops. No final, sai uma sopa de letrinhas e números, que supostamente te remete a uma página de ajuda, que não te ajuda em nada. Você também pode tentar responder a uma pesquisa, na esperança de que vá ajudar. Vã esperança. Nada. Apertar aquela tecla de 'salvar' não serviu para nada. Essa que tem aí embaixo. Pode esquecer. Essa de publicar também. Prenda a respiração. Se você acha que teve a inspiração da sua vida, salve em outro lugar.

Official Google Blog: Cardboard creativity

Official Google Blog: Cardboard creativity

sábado, 3 de janeiro de 2009

Projeto Gutenberg

Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg (1390 - 3/2/1468) foi um inventor alemão que se tornou famoso pela sua contribuição para a tecnologia da impressão e tipografia, com o tipo móvel e os primeiros livros para produção em massa e é largamente considerado como o "Homem do Milênio" (Wikipedia e Mike Lee's Web Log).

Gutenberg também dá nome a um projeto fantástico que disponibiliza livros de graça na rede. Por ex., todas as obras de Jane Austen estão lá - porque não lhe restaram herdeiros a disputar os direitos. E eu não estou falando de cópia pirata.

Inspirei-me a começar o ano falando de um desses gênios inspirados (como Da Vinci), que permitiu-nos, pessoas comuns, ter acesso à cultura, o que antes só era possível a uns poucos escolhidos. Não é difícil imaginar esse processo, pois ainda hoje há elites. Então, um bom ano para nós, aspirantes a escritores, ou pretensiosos blogueiros. O que seria de nós sem Gutenberg?

http://www.gutenberg.org/wiki/Main_Page

Vale a visita ao blog citado: http://www.visuallee.com/weblog/2000_11_01_archive.html




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