segunda-feira, 22 de março de 2010

Fotos





Ainda não acabei de postar as fotos de BsAs, falta pouco. Aqui estão uma de uma rua que eu não lembro, uma da Casa de Tango (Piazzolla), outra da rua do hotel (que eu tb ñ lembro) e outra do Caminito.

Já tem tempo que eu não viajo. Falei pra todo mundo o que Michael Jackson disse, 'That's it'. Claro que sem intenções funéreas (creio que ele tb ñ tinha, embora se excedendo nas dosagens como vinha, com altas probabilidades de um acidente). Mas, mesmo sem ser como o casal de http://twitter.com/NevEndingVoyage, parece que algumas pessoas têm, como mamãe dizia, 'bicho carpinteiro' no corpo. O que será esse bicho? Uma pesquisa no Google diz que é o escaravelho, que rói madeira, e por isso, a pessoa irrequieta se sente como se estivesse sendo roída por dentro; já outra pessoa diz que é uma derivação de 'bicho de corpo inteiro' - faz sentido de qq jeito, é uma inquietação, a coisa mais anti-zen que eu conheço, mas ñ chega a ser que nem o casal, que nunca quer parar, eu já acho que tem de ser 50/50, viaja um pouco e depois para pra assimilar, como tudo na vida, tem de ter o tempo de reflexão.


Essas fotos aí foram tiradas por minha filha, tem outras, já disse pra ela que algumas ficaram nubladas, especialmente a da Casa de Tango, uma pena. Ela disse que o problema é da câmera, que a minha é melhor, bla bla bla, mas eu acho que o problema está entre o cérebro e o dedo, pq acontece comigo tb. Ainda mais que eu ñ costumo ler manuais... =D (Não é o caso dela)

quinta-feira, 11 de março de 2010

O Cabildo


O antigo Cabildo é de 1600, e desde então sofreu várias modificações na sua extensão e nos elementos de construção. As diversas reformas por que passou foram principalmente devido à qualidade do material usado na época da construção, incluindo a derrubada de 6 de seus 11 arcos originais para abrir espaço para a Avenida de Mayo, mas conserva suas características coloniais e é um dos prédios mais antigos de Buenos Aires que ainda está de pé. Nele se estabeleceu o primeiro governo 'crioulo' e o primeiro antecedente de emancipação da Espanha, chamada Revolução de Maio, mais precisamente em 25 de maio de 1810.

Um cabildo ou ayuntamiento era um antigo conselho administrativo colonial espanhol que governava a municipalidade. Cabildos eram algumas vezes nomeados, outras vezes eleitos, mas eram considerados representativos de todos os proprietários de terras das redondezas (vecinos). O cabildo colonial tinha essencialmente a mesma estrutura do castelo medieval. Era o representante legal da municipalidade—e seus vecinos—perante a coroa, e assim foi uma das primeiras instituições estabelecidas pelos conquistadores quando se apoderaram da área logo depois que se instalavam, ou mesmo antes.

(Esqueci de dizer que muitas das informações daqui têm saído da Wikipedia, mas aqui também tem do Guia de Buenos Aires, da Editora On Line - muito útil enquanto estivemos andando, por causa do tamanho light e das informações corretas e resumidas e dicas úteis - tem um site: www.revistaonline.com.br)


Ainda a Plaza


A mesma praça, mas não a mesma impressão. Deserta, efeito do feriado prolongado, ou talvez de uma recessão, será? Sol, um calor razoável, tudo contribuindo para dispersar uma eventual emoção depressiva que pudesse se propagar devido à fama da praça, por causa do movimento das avós em busca de justiça para seus filhos perdidos, e, quem sabe seus netos.
Mas... nada. Bem cuidada, os ícones são marcantes sem ser clichês. Talvez deserta porque os turistas estivessem todos em Puerto Madero ou Palermo Soho - cafés, restaurantes, etc. Ninguém se preocupa mesmo com história, cultura, museus. Tudo vai sendo derrubado em nome da modernidade. Vide o Japão - li outro dia que estão passando o rodo no mais antigo teatro da arte kabuki para fazer um prédio ultramoderno (parece que vai ter um teatro também... e eles acham que resolve... tsk). Como o Palácio Monroe, que foi demolido, na Cinelândia, e agora dizem que querem reconstruir. Como assim? Vão pegar uma foto e fazer um novo, quer dizer, uma réplica, que nem aqueles itens que vendem pela Internet de marcas famosas? Ou no Saara, na 25 de Março? "Não é falsificação, madame, é réplica!"
Funciona assim: você vai a Nova York ou Buenos Aires para fazer compras, mas separa 2 horas para ir a um museu ou similar, pra disfarçar. É como ir a Paris e não ver a Mona Lisa. Que, aliás, é muito feia. E na primeira vez que eu visitei o Louvre, não vi, porque estavam restaurando.
Será que se eu tivesse a grana do Eike Batista (como será que ele virou o oitavo homem mais rico do mundo?) eu seria tão crítica/pretensiosa? =D

terça-feira, 9 de março de 2010

Plaza de Mayo


A Praça de Maio (Plaza de Mayo, em espanhol) é a principal praça do centro da cidade de Buenos Aires. Rodeada pelas ruas Hipólito Yrigoyen, Balcarce, Bernardino Rivadavia e Simón Bolívar, ao seu redor encontram-se vários dos principais monumentos da cidade como o Cabildo, a Casa de Governo, a Catedral Metropolitana de Buenos Aires, o edifício do Governo da Cidade de Buenos Aires e a casa central do Banco da Argentina, o Banco Nación.

Suas origens remontam à fundação da cidade por Juan de Garay, em 1580.

A Plaza de Mayo sempre foi um ponto focal da vida política Buenos Aires. Seu nome atual comemora a Revolução de 1810, que deu início ao processo de independência da Espanha em 1816.

Em 17 de outubro de 1945, demonstrações populares na Praçain organizadas por sindicalistas forçaram a libertação da prisão de Juan Domingo Perón, que mais tarde viria a ser Presidente da Argentina; durante seu mandato, o movimento peronista passou a se reunir todo dia 17 de outubro na Plaza de Mayo para mostrar apoio a seu líder (e esse dia é ainda o "Dia da Lealdade" para os peronistas tradicionais). Muitos outros presidentes, tanto democratas como militares, também saudaram o povo na Praça do balcão da Casa Rosada.

As multidões se reuniram mais uma vez em 2 de Abril de 1982 e várias ocasiões depois para saudar o Presidente nomeado Leopoldo Galtieri pela invasão pela Argentina das Ilhas Malvinas, que deu início à Guerra das Malvinas (Falklandas, segundo a Grã-Bretanha).

A Praça, desde 1977, é onde as "Mães da Plaza de Mayo" se reúnem com cartazes e retratos dos 'desaparecidos', seus filhos, apreendidos pelos militares durante a ditadura. Elas são incansáveis, pois perderam não somente filhos, mas também netos. Há casos de crianças que também "desapareceram" e foram "adotadas" por militares e outros. As atrocidades não têm tamanho.

Peronismo, caudilhismo, guerra, dispenso. Luta por direitos, sim. Ditaduras, fundamentalismos, desrespeito a direitos básicos são inaceitáveis.



Casa Rosada


Olha o que diz a Wikipedia: A casa Rosada tem sua cor atribuída ao fato de na época de sua construção as tintas mais baratas serem feitas a base de sangue de vaca, tendo a cor rosada. Há também uma lenda que diz que a cor rosada é uma junção de vermelho e branco, cores-símbolo de dois partidos políticos. (Estranho? Fato ou ficção?)

Bom, eu não sei o porquê, só sei que não tinha planejado visitar nem o "entorno" nem o interior da Casa, que é o palácio de governo. Autoridades são formais demais e não combinam com férias. Não vou nem comentar o que penso dos Kirchner. Mas toda hora a gente pegava um táxi de passava na porta da casa cor-de-rosa. Até que saímos de San Telmo, vimos que estávamos na Plaza de Mayo... e quando olhamos... tcharã! Lá estava o palácio da Barbie. Bom, se não pode vencê-los, junte-se a eles. Algo assim. Tiremos a foto de praxe, etc. etc. Já tinha mesmo comprado o chapéu, a viagem estava no fim, se era pra encerrar com o clichê, ok. Pelo menos o tom de rosa não era tão Barbie (embora eu tenha me tornado a mais pink das pinks depois do ocaso... ou preto ou rosa, ou preto ou lilás, eu sou 8 ou 80, seria algum retardamento, recusa em envelhecer? a conferir com com algum discípulo de Freud algum dia). Gostei, a foto ficou legal, o chapéu também, pena que já estava destinado para minha filha, não posso usá-lo por muito tempo, me dá dor de cabeça, só serve para proteger temporariamente do sol. Louca eu. É daquelas coisas que a gente precisa mas não pode manter. Exemplos? Hummm....

segunda-feira, 8 de março de 2010

San Telmo: Museu da Cidade


O objetivo do Museu da Cidade é, por óbvio, compilar a história da cidade, seus habitantes, seus costumes, sua arquitetura... quando fomos lá havia uma exposição de portas e janelas de antigas casas do século 19 e princípio do século 20 que foram demolidas, belíssimas. Cada uma com uma descrição bem resumida, e não havia muitas, pelo contrário. Parece que não conseguiram recuperar muita coisa. Há uma história emocionante de uma peça que "sumiu", por causa da lei que foi promulgada protegendo o patrimônio arquitetônico, e depois, por coincidência, reapareceu, no interior, porque a pessoa queria doá-la e soube que a estavam procurando. Achei sensacional. Penso que é possível conjugar modernidade com preservação. E retidão só é bom no caráter... de resto, a natureza não tem linhas retas...

É San Telmo, mas parece o Lavradio


sexta-feira, 5 de março de 2010

SAN TELMO



San Telmo ("San Pedro González Telmo") é o mais antigo barrio (vizinhança) de Buenos Aires, Argentina. É uma área bem preservada da capital e se caracteriza por seus prédios coloniais (sabe o que me lembram? a rua do Lavradio e sua feira do primeiro sábado de cada mês... adorei!). Cafés, salões de tango e lojas de antiguidades se alinham pelas ruas de paralelepípedos (adoquines), comumente frequentadas por artistas e bailarinos.

Há antigas igrejas, museus, lojas de antiguidades e uma feirinha de antiguidades semi-permanente (Feria de Antigüedades) na principal praça pública, Plaza Dorrego. Tango - atividades para locais e turistas também estão por ali.

Um pouco de História

Conhecida como Colinas de San Pedro no Século 17, a área tinha principalmente estivadores e operários; foi, na verdade, a primeira área "industrial" de BsAs, de onde saiu a principal fonte de renda até cerca de 1870, desde a época colonial. Essa característica também levou aos primeiros estabelecimentos residenciais na região, de africanos, tanto de escravos como livres.

Separada de Buenos Aires por uma ravina, a área foi incorporada à cidade em 1708. A pobreza da vizinhança levou os Jesuítas a fundar uma "Casa Espiritual", que foi fechada em 1767. O vácuo deixado pela Companhia de Jesus foi suprido em 1806 pelo estabelecimento da Paróquia de San Pedro González Telmo (ou "San Telmo"), assim chamado em honra ao santo patrono dos marinheiros.

Depois de anos de decadência, San Telmo começou a melhorar, até que uma epidemia de cólera atingiu a área em 1871. Apesar dos esforços de médicos como Florentino Ameghino mais de 10.000 pessoas morreram, levando ao êxodo das crescentes média e alta classes de San Telmo para o que veio a se tornar o Barrio Norte.

O ar "boêmio" de San Telmo começou a atrair artistas locais (local artists). A crescente atividade cultural resultou na abertura do Buenos Aires Museum of Modern Art pelo crítico Rafael Squirru em 1956, assim como, em 1960, pelo advento da "República de San Telmo," uma associação de artesãos que organiza passeios artísticos e outros eventos.

A presença de imigrantes em San Telmo também levou à rápida popularização do tango na área; o renomado vocalista Edmundo Rivero adquiriu um armazém abandonado da era colonial 1969, batizando-o de El Viejo Almacén. E logo ele se tornou uma das mais conhecidas casas de tango da cidade, que levou a liderar uma renovação cultural e econômica de San Telmo.

A restauração de 1980 da antiga mansão da família Ezeiza na Pasaje de la Defensa, além disso, inspirou a renovação de estruturas similares, muitas das quais haviam sido conventillos (residências) desde os anos 1870. Como a maior parte da arquitetura original do séc. 19 do bairro, incluindo o calçamento, ainda existe, também se tornou uma atração turística.

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/San_Telmo

Precisa dizer mais?

Malvinas ou Falklands?


Oh, well, I don't know. Ali perto do Big Ben (?) está um monumento em homenagem aos mortos na Guerra das Malvinas em 1982. Agora recomeçou a discussão, tudo por causa do petróleo. Os ilhéus dizem que não querem ser argentinos, nem querem a independência, querem ser súditos de sua Majestade. Os governantes latinos, todos com síndrome de Emília (ou 'emilite', que era quando tia Nastácia recosturava Emília e dava a ela a pílula e ela saía a falar sem parar - não foi à toa que o Rei Don Juan Carlos se saiu com o "porque não te calas" para o mala do Chavez... vale para todos os falastrões), já saíram dando seu palpite. Lembraram-me de Golda Meir dizendo que não havia povo palestino em Israel. Tsk.
Poizentão. Que vá o assunto para o fórum das nações. Uma pena que os bons homens foram mortos ou pelos maus (Sérgio Vieira de Mello e outros) ou pelas intempéries (a equipe da ONU que se foi no Haiti, e em outras). Vão ficando os políticos, os inócuos... Mas é fato que tem gente nas ilhas. E é fato que os Kirchner são mais malas. Há que se desconfiar de suas intenções. Assim como do que pretendiam os militares quando, do nada, resolveram invadir as ilhas outrora. Ah, o pão e circo e suas versões... o que não se faz para iludir o povo...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Big Ben?


Não entendo. Agora que voltaram a discutir as Ilhas Malvinas, a gente dá de cara com uma suposta réplica do Big Ben na cidade - Plaza San Martin. Ou seja, tudo é uma questão de conveniência. De qualquer forma, o monumento foi um presente dos britânicos. E se os argentinos não jogaram fora antes, não devem fazê-lo agora... acho... =D



quarta-feira, 3 de março de 2010

Do que eu gosto


Eu sou meio antiga, meio moderna. Gosto de rococó, barroco, medieval, idade da pedra. Prefiro autêntico, mas o fake tem seu nicho. Poderia dizer que sou artística, se não soasse uma fraude. O fato é que eu adoro prédios, desde que eles não sejam modernos (bom, onde eu more ou trabalhe, tem de haver conforto e recursos tecnológicos, porque lata d'água na cabeça, sem internet ou tv a cabo, sem chance, mas eu estou falando do material utilizado) - hoje se fala em sustentabilidade, mas também penso nos estilos, no visual... um exemplo do que eu não gosto: as concepções de Niemeyer, Lúcio Costa e Le Corbusier (não sou arquiteta). Não gosto desses prédios de preguiçosos, dessa arquitetura de embrulha-e-manda, porque tenho certeza de que falta capricho. Criatividade cabe em qualquer lugar, o problema é a ganância.
Legal é sair por aí e descobrir o que a criatividade humana é capaz de fazer quando põe a mão nos materiais que a Mãe Terra disponibiliza.
Em qualquer lugar se acha, do mais simples ao mais enfeitado. Às vezes o governante da hora enfeita demais, e gasta o dinheiro que deveria ir para beneficiar o povo. Ficam palácios deslumbrantes, esculturas, quadros, etc., alguns para a posteridade admirar em museus, enquanto o povo definhou. Bizarro. Não é sempre assim? Uns bailam, outros choram, todos morrem, as casas e os palácios vão ficando - até quando Deus quiser, que nada é para sempre. Há um tempo para tudo. E é bom que assim seja, essa dinâmica nos mantêm em estado de reflexão, por causa da incerteza. Certeza é sinônimo de inflexibilidade.
Gostei de andar pela decadente Florida, em Buenos Aires. No final tinha essa rua, cujo nome esqueci, e esse prédio, que adorei. Se meu ex-professor na pós de Desenvolvimento Urbano estivesse lá, faria uma festa descrevendo-o. Nada como um expert. Fica a foto, e o olhar de uma apreciadora leiga. E é o que eu vou continuar buscando e registrando.

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